Carpina, Vitória de Santo Antão e Arcoverde serão as três primeiras cidades a receberem unidades de atacarejo da Rede Novo. A marca foi criada por empresários do setor supermercadista de Minas Gerais, mas será focada especificamente no mercado pernambucano. Os atacarejos são estabelecimentos que vendem tanto no atacado quanto no varejo, com promessas de preços mais baixos que dos supermercados convencionais. As três primeiras operações serão inauguradas em agosto, setembro e outubro, respectivamente, e mais uma quarta no Sertão do estado até o final do ano. Com os quatro empreendimentos, o investimento em Pernambuco será de R$ 120 milhões até dezembro e 1,5 mil empregos serão gerados. A partir de junho, a empresa começará a recrutar currículos apenas nas cidades que receberão operações. As vagas serão divulgadas 45 dias antes da abertura de cada empreendimento nas prefeituras locais e no site da Rede Novo, que ainda está sendo finalizado. A marca ainda pretende abrir entre 11 e 16 novas operações em Pernambuco, entre 2020 e 2023, num investimento total no estado de R$ 500 milhões em quatro anos.
Foto: Rede Novo
“Tudo começou quando um dos meus sócios teve a visão de que deveríamos empreender em Pernambuco. A gente queria Nordeste. Então eu vim e andei o estado de ‘cabo a rabo’, fui ao interior, e percebi que o povo não tinha acesso a uma boa loja qualificada, com diversidade e preços competitivos. Foi quando vi que nosso foco deveria ser trazer qualidade de vida para o interior pernambucano. Foi um caso de amor à primeira vista, sempre trabalhei forte no interior de Minas e vejo o mesmo potencial de crescimento da nossa marca aqui”, afirma Daniel Costa, CEO da rede.
Foto: Heudes Regis
Ontem, ele esteve com Victor Bretas, diretor comercial do Novo, em reunião com o governador Paulo Câmara, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, e o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Roberto Abreu e Lima, quando os investimentos foram oficializados.
Segundo Costa, todas as unidades terão o mesmo padrão, um terreno de 20 mil metros quadrados e 12 mil metros quadrados de área construída, para comercializar um total de oito mil itens, entre alimentos perecíveis, não perecíveis, artigos de higiene, limpeza, automotivo, bomboniere, têxtil, eletrodomésticos e bebidas. “Queremos oferecer também bons serviços com um açougue que terá carne abatida e cortada do dia, uma padaria com produção própria e ainda produção de frios sempre fresquinha”.
Haverá ainda um espaço para itens a granel, que atrairão pequenos empreendedores até as lojas. “Um dos nossos público-alvo são os transformadores, que é aquele cara que tem um carrinho de cachorro quente ou uma lanchonete”, completa o gestor. Outra novidade que a rede trará ao estado será o cartão Novo, com bandeira própria e será oferecido a todos os clientes com “nome limpo” na praça. “Queremos entrar na vida dos pernambucanos para ficar.”
O aporte inicial, por operação, é de R$ 30 milhões, bancado unicamente com recursos próprios. Para o secretário Bruno Schwambach, a chegada de mais um grupo empresarial de grande porte é o resultado do foco da gestão estadual na geração de empregos. “Temos um olhar especial para o potencial econômico de cada região e estamos conseguindo levar para as cidades de médio porte equipamentos como os do Novo. O que mostra que a gente tem atraído não só a indústria, como também os setores de comércio e serviços. A nossa função é animar os investidores e mostrar que Pernambuco pode agregar valor para suas empresas”.
A marca Novo foi recém-criada pelos grupos varejistas de origem mineira SFA e Super Cidades. O primeiro, com sede em Belo Horizonte, tem expertise nas áreas de construção civil, gestão de shopping centers, hotéis e loteamentos. Foi constituído oficialmente em 2010, após a venda da rede de supermercado Bretas, também mineira, para o Cencosud, consórcio empresarial multinacional chileno. Entre os negócios do grupo estão sete shoppings sob o selo SFA Malls.
A segunda investidora do Novo - Atacado e Varejo é a rede Super Cidades, criada em 2010, que responde por cerca de 500 funcionários e registra faturamento anual de R$ 80 milhões.
Via: Diário de Pernambuco
Por: Simone Novaes