O PSD não vai fechar questão pela aprovação da reforma da Previdência. Mas sinalizou que haverá um esforço “bastante intenso” no sentido de mostrar à bancada a importância da aprovação da matéria para o Brasil. É o que disse, nesta quinta-feira (4/4), o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto. A inserção do partido na base governista, entretanto, permanece vetada.
Foto: Breno Fortes
A postura do PSD é de independência ao governo. Entretanto, a posição é de “total condição” de apoiar os projetos que estão sintonizados com o que o partido prega, como as reformas da Previdência e tributária. O veto ao fechamento de questão segue uma tradição da legenda, garante Kassab. “O fechamento de questão é algo que a legislação prevê e nosso estatuto também. Mas o partido procura respeitar posições pessoais dos parlamentares”, declarou.
O fechamento de questão é um instrumento usado para que uma bancada partidária vote em bloco da mesma maneira. É uma forma de garantir um apoio total a uma determinada matéria. Afinal, é costume a aplicação de penalidades a parlamentares que votarem contrariamente à decisão da legenda na situação do fechamento. “Em relação às reformas, já foi debatido internamente e comunicado à bancada que não haverá. Não quer dizer que, em algum momento ou algum dia, o partido não feche questão”, disse Kassab.
Apesar da negativa em compor a base governista, o presidente do PSD avalia como positiva a reunião com Bolsonaro e o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Para ele, é um gesto e sinalização importante. “Uma conduta emblemática, mostrando que está disposto, sim, a se envolver. O Executivo encaminha e trabalha para que as reformas sejam aprovadas, mas todos sabem que a prerrogativa é do Congresso. Então, foi muito importante”, avaliou.
Via: Diário de Pernambuco
Por: Simone Novaes
