domingo, 20 de maio de 2018

Empresa pernambucana leva peças de couro para o exterior


Com uma produção mensal de mil peças, entre calçados, bolsas e acessórios, a Vitalina Recife deve iniciar venda para o mercado internacional neste ano

Carol e Rodrigo começaram trazendo calçados produzidos no interior. 
Foto: Thalyta Tavares/Esp.DP


Artesanato em couro com design contemporâneo. Essa é a proposta da Vitalina Recife, marca que completou quatro anos de existência e já agrega a linha Vitalina Casa e Vitalina Infantil, essa última lançada em maio. Capitaneada pelo casal Carol Dreyer e Rodrigo Cavalcanti, que começaram revendendo calçados de couro comprados em suas viagens no  interior de Pernambuco,  a marca  iniciou neste mês o processo de exportação com a ajuda do programa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex-Brasil) e deve começar a enviar peças para o mercado internacional ainda em 2018. Com uma produção de mil peças por mês e uma equipe de 13 artesãos e um design, a empresa, hoje 100% autoral e queridinha dos descolados pernambucanos, espera crescer 30% até dezembro.

“A gente começou revendendo sandálias de couro que compramos para uso pessoal, mas que não iríamos usar. Então, colocamos numa página de Facebook.  Foram compradas no Sertão. A procura foi tanta que começamos a revender  essas peças, mas mantendo nossos empregos.  Em um ano, tivemos que largar outros trabalhos e nos dedicar 100% à marca”, explica Carol. 

Segundo ela, a demanda crescente obrigou o casal a profissionalizar o negócio. “Foi então que resolvemos fazer cursos no Sebrae e começamos a encomendar cores e modelos específicos dos nossos artesãos. Pouco depois, a  gente começou a enviar matérias-primas para personalizar o trabalho e, a partir de 2016, iniciamos o processo de também desenhar as sandálias junto a um designer profissional”, ressalta Rodrigo.

O casal acredita que parte do sucesso da marca veio da boa divulgação dos produtos nas redes sociais. Também com ela publicitária e ele fotógrafo, desde a primeira postagem a atenção ao trabalho nas mídias da Vitalina foi primordial para os sócios. “A gente tem muito cuidado com a apresentação dos produtos e o atendimento. Por isso mesmo, hoje, enviamos peças para todo o Brasil, principalmente São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Santa Catarina”,  reforça Carol. A participação em eventos também impulsiona as vendas da marca. Tanto que eles já estão preparando peças para a Fenearte deste ano.

“Em 2016, fomos para nossa primeira Fenearte e acabou todo nosso estoque em dois dias. Sempre participamos do Cabine Fashion e estamos hoje com uma parceria com a marca Firulinha, em Boa Viagem, que revende nossos calçados da linha infantil, e com a Tuba Store, que fica no Paço do Frevo, no Recife Antigo”, completa Rodrigo. Além das parcerias, a empresa tem um ateliê fixo em Casa Amarela, na Rua Olímpio Tavares, e os produtos, que incluem chinelos, sandálias, sapatos, sapatilhas, botas, bolsas e acessórios em couro, podem ainda ser comprados através do site http://www.vitalinarecife.com.br/.

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Formado em arquitetura, além de fotógrafo, Rodrigo sempre gostou de trabalhos de madeira. Buscando elementos regionais semelhantes aos que fizeram sucesso com as sandálias Vitalina, ele e a sócia, Carol Dreyer, resolveram lançar, em 2016, um braço da primeira marca e colocaram no mercado a Vitalina Casa, com móveis de madeira e artigos de decoração que remetem a temáticas do Sertão e Agreste pernambucano. O início foi lento, mas  hoje a empresa já tem equipe de marceneiros própria e pretende expandir o negócio com parcerias e novos produtos.  Até dezembro, os sócios querem crescer com o braço Vitalina Casa cerca de 15%.

“A gente trabalha com peças como quadros, espelhos e acessórios que remetem ao interior do estado, e desenhamos móveis de madeira com intervenções que também tenham características pernambucanas. Usamos até cobogós como complemento das peças. E trabalhamos com móveis para outras empresas como expositores de lojas”, explica Cavalcanti. Expedito Celeiro, artesão cearense, inclusive, é quem assina uma das peças mais vendidas da Vitalina Casa.
Via: Diário de Pernambuco




Por: Simone Novaes

Simone Novaes

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