Para evitar volatilidade, estatal definiu que mudanças na cobrança serão realizadas trimestralmente
Gás. Foto: Ed Alves/DB/DA
A Petrobras anunciou, nesta quinta-feira (18/1), redução de 5% no preço de gás de cozinha. A estatal, conforme anunciado em dezembro, realizou a revisão de sua política de preços do Gás Liquifeito de Petróleo (GLP) de uso residencial, comercializado em botijões de até 13 quilos e definiu novos critérios para aplicação dos reajustes. A regra de transição para 2018 já terá efeito a partir desta sexta-feira, com a redução de 5% no preço do GLP vendido nas refinarias.
Com a medida, o valor médio, sem tributos, comercializado nas refinarias da Petrobras será equivalente a R$ 23,16 por botijão de 13kg. Na capital federal, o produto está sendo vendido até R$ 95. “Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas pela Petrobras podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores”, afirmou a estatal, em nota.
Segundo a Petrobras, o objetivo da medida foi suavizar os repasses da volatilidade dos preços ocorridos no mercado internacional para o preço doméstico. Os reajustes, agora, passarão a ser realizados trimestralmente, no dia 5. “Os novos critérios permitirão manter o valor do GLP referenciado no mercado internacional, mas diluirão os efeitos de aumentos de preços tipicamente concentrados no fim de cada ano, dada a sazonalidade do produto. A referência continuará a ser o preço do butano e propano comercializado no mercado europeu, acrescido de margem de 5%”, explicou.
O período de apuração das cotações internacionais e do câmbio que definirão os percentuais de ajuste será a média dos 12 meses anteriores ao período de vigência e não mais a variação mensal. “Reduções ou elevações de preços superiores a 10% terão que ser autorizadas pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp). Nestes casos, a data de aplicação dos ajustes (dia 5) pode ser modificada”, disse. “Caso o índice de reajuste seja muito elevado, o Gemp poderá decidir não aplicá-lo integralmente, ficando a diferença para compensação”, acrescentou.
Via: Diário de Pernambuco